Após meses de enfrentamento da pandemia, muitas incertezas ainda nos rodeiam. Porém, é possível apontar tendências que se fortalecem e ganham mais relevância dentro das novas necessidades das pessoas e das empresas.
CIÊNCIA DE DADOS
A importância da ciência de dados dentro da área de tecnologia da informação não é uma novidade, mas sim uma tendência que se fortalece ainda mais diante das circunstâncias atuais. Esse braço da TI é responsável por processar e analisar dados, transformando-os em informações úteis e relevantes. O mundo, não só dos negócios, será cada vez mais estruturado em dados.
O próprio combate à disseminação da Covid-19 mostra o quanto ferramentas que possibilitem a captação, interpretação e o uso inteligente de uma extensa base de dados é primordial para uma boa gestão. Pensando nesse caso do setor de saúde, as análises podem ajudar gestores e governos a avaliar onde estão os vetores do vírus e quais os padrões de disseminação. Com essas informações fica mais fácil estabelecer medidas de prevenção e intervenção mais eficazes.
No mundo coorporativo, as tecnologias precisam ser capazes de transformar dados em informações estratégicas e disponibilizá-las de forma clara, com acesso rápido. Assim, conseguem garantir tomadas de decisões mais ágeis e assertivas. Ferramentas analíticas e intuitivas, por exemplo, facilitam o autoatendimento de todos os departamentos e serão essenciais para entender particularidades de um sistema ou projeto e acompanhar os novos modelos de negócio e consumo que estão surgindo. Os dados darão às organizações condições de transformar as entregas de acordo com a realidade dos clientes e usuários finais, tanto no âmbito B2C, quanto no B2B.
COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Com a adoção do trabalho remoto, um ambiente virtual descentralizado se faz necessário para viabilizar o compartilhamento de arquivos e softwares pelos colaboradores, de forma simultânea, de qualquer local ou plataforma. E é exatamente isso que a computação em nuvem permite. Isso é possível utilizando a capacidade de armazenamento de dados, de memória e de cálculo de servidores compartilhados e interligados por redes mundiais de datacenters seguros.
Apesar do ambiente ser geograficamente disperso, o seu gerenciamento é centralizado, o que ajuda a garantir a sua segurança. É possível configurar permissões específicas para cada usuário, definindo pontos de acesso e limites. Assim, é possível gerenciar o fluxo de trabalho de um projeto e ainda preservar a sua integridade e privacidade. Além disso, o armazenamento de arquivos na nuvem facilita o backup e a recuperação de dados e a continuidade dos negócios, uma vez que é possível distribuí-los na rede do provedor de nuvem.
Outra vantagem da computação em nuvem é a possibilidade de dimensionar corretamente o espaço necessário de acordo com a demanda do negócio. Isso impacta tanto em uma redução de custos, como em um aumento de performance. Como grande parte desses serviços são fornecidos por autosserviço ou sob demanda, eles possuem capacidade de provisionar grandes quantidades de recursos de computação em pouquíssimo tempo. Já em relação ao custo, esse modelo normalmente exige uma infraestrutura mais enxuta do que uma solução tradicional e desonera os gastos com hardwares, softwares, instalação, execução de datacenters locais e também com a manutenção dessa estrutura física.
REDE 5G
A rede 5G é uma nova geração de internet móvel, inaugurada pela Coreia do Sul no primeiro semestre de 2019, e que promete atuar com velocidade 100 vezes maior que a da 4G. O desenvolvimento de uma tecnologia 5G é um passo importante para aprimorar as ferramentas, ampliar a aplicabilidade e potencializar a performance de outras tantas tendências, como soluções em computação em nuvem e dispositivos IoT (Internet das Coisas).
O aumento do desempenho da rede irá permitir conexões e compartilhamentos com muito mais velocidade, confiabilidade e em maior escala, de maneira praticamente instantânea. E tudo isso poderá ser usado para alavancar o processo de transformação digital. Sabemos que a infraestrutura de telecomunicações brasileira é insuficiente, mas especialistas apontam que os próximos anos devem contar com investimentos na área para garantir suporte à tecnologia.
Vale ressaltar que, em países como a China e a Coreia do Sul, a conectividade 5G já vem sendo usada como grande aliada durante a pandemia. Ela permite o funcionamento de sistemas de inteligência artificial em robôs, para operar equipamentos médicos via internet com alto grau de precisão, além da realização de consultas online com imagens em alta qualidade mesmo sem acesso à fibra ótica, por exemplo.
ESCALABILIDADE
Tempos de crise, como a desencadeada agora pela pandemia do coronavírus, geram muitas incertezas. Diante disso, ter uma infraestrutura digital capaz de se adaptar a diferentes realidades e mudanças rápidas é essencial. Isso se refere tanto à própria estrutura de uma organização quanto a sua capacidade de atender demandas flutuantes por serviços e produtos.
É preciso estar preparado para aumentar sua capacidade de conexão, acesso, compartilhamento, processamento e armazenamento no caso do incremento de um projeto, por exemplo. Também é necessário conseguir, de forma ágil, adaptar a oferta às alterações de demanda. Nesse quesito, podemos aprender muito com empresas de economia compartilhada, que têm modelos de negócio baseados em plataforma que conectam oferta e demanda.
Além da computação em nuvem, que é extremamente útil nesse processo, facilitando o estabelecimento de uma infraestrutura escalável, a Internet das Coisas também pode ter papel importante nesse contexto. Isso porque ela permite um aumento na coleta de dados, que se bem processados e analisados, podem ajudar a avaliar mais facilmente as oscilações de demanda e oferta, além de fornecer milhares de insights.
A adoção de ferramentas desenhadas para atender a qualquer demanda, de maneira simplificada, e aplicações corporativas de IOT podem auxiliar na conexão de ativos que tragam uma sustentabilidade real aos negócios.
PEOPLE FIRST
A base do conceito People First é a atuação com o foco primordial na satisfação das pessoas que fazem parte do ecossistema de uma organização. Pode parecer contraditório falar tanto em tecnologia e, depois, dizer que as pessoas devem estar em primeiro plano, mas não é. A tecnologia pode ajudar, e muito, a gerar boas experiências para os mais diversos públicos, desde que toda a estratégia digital seja pensada com o intuito de atender às necessidades e aos anseios daqueles com os quais a organização se relaciona.
No que se refere aos colaboradores, isso passa por oferecer condições adequadas de trabalho, valorizar seus esforços e feitos e promover seu bem-estar. Em tempos de pandemia, pensar e agir por essa perspectiva tornou-se ainda mais importante. É preciso se esforçar para manter a motivação e o envolvimento dos colaboradores. Nesse sentido, ferramentas de colaboração são essenciais, pois permitem uma aproximação mesmo diante da distância física. Ferramentas de gestão também ajudam a acompanhar e avaliar o andamento de projetos e a produtividade da equipe.
Em relação aos clientes, é preciso trabalhar para suprir suas expectativas e oferecer-lhes comodidade. Toda a experiência do consumidor, quando em contato com a empresa ou a marca, deve ser levada em conta e pensada estrategicamente para que cada um se sinta único e especial. Para fazer isso, ferramentas de coleta e análise de dados contribuem muito, uma vez que ajudam a traçar perfis de usuários com possibilidade de grande detalhamento.
Esta é a terceira das quatro partes do conteúdo exclusivo produzido pela Harbor IT sobre as tendências de uso da tecnologia no pós pandemia.
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